Diariamente usamos ou convivemos com os mais
diversificados tipos de produtos químicos, alguns perigosos, como por exemplo
os produtos de limpeza, os pesticidas, os inseticidas, os materiais para
bricolage (diluentes, tintas, vernizes e outros), os produtos para tratamento
das unhas e de higiene pessoal, etc. etc.
O
Regulamento (CE) n.º 1272/2008, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Dezembro de 2008, relativo à Classificação, Rotulagem e Embalagem
de substâncias e misturas químicas (Regulamento CRE) introduz, em todo o
espaço da União Europeia, um novo
sistema de classificação e rotulagem de produtos químicos, baseado no
Sistema Mundial Harmonizado das Nações Unidas (GHS da ONU). Este regulamento já
está em vigor para os produtos puros, como a acetona e o amoníaco, vai até 2015
ser aplicado progressivamente para os produtos que misturam várias substâncias
perigosas, como a maioria dos produtos de limpeza.
Este regulamento
aborda os perigos inerentes às substâncias e misturas químicas para
informação de terceiros e atribui aos fabricantes antes de inseri-los no
mercado a classificação e identificação de perigosidade. Uma substância ou
mistura considerada perigosa será ser acompanhada de uma ficha de dados de
segurança (FDS) e rotulada para
trabalhadores e os consumidores conheçam os seus efeitos, antes de as manusear.
Foram definidos três tipos de
perigos principais:
1.
Perigos físicos (inflamáveis, explosivos,
comburentes, substâncias / misturas auto - reativas);
2.
Perigos para a saúde (irritantes;
nocivos, corrosivos, mutagénicos, tóxicos);
3.
Perigos para o meio ambiente (ex:
toxicidade aquática aguda).
As anteriores frases R, deram lugar
a frases H, que são agora
advertências de perigo e descrevem a
natureza dos perigos de uma substância ou mistura.
Também as frases S, foram substituídas
por frases P, que constituem recomendações
de prudência com recomendações para minimizar ou prevenir efeitos adversos.
Também com este regulamento são
adotados novos pictogramas de aviso
substituindo os anteriores símbolos da EU, quadrados de fundo laranja e bordo preto, por
outros, em forma de losango de fundo branco e um bordo
vermelho.
Pictogramas ou
símbolos de perigosidade

Rotulagem:
A primeira e a mais evidente
informação, sobre os riscos de um produto perigoso, é a referida no rótulo, que
muitas vezes constitui para o utilizador, a primeira fonte de informações
relativas ao produto, tais como:
- Reconhecer o produto químico que vai manusear.
- Evitar erros de manipulação;
- Ajudar na seleção de meios de prevenção e proteção;
- Auxiliar na armazenagem dos produtos químicos.
- Auxiliar em caso de acidente;
- Aconselhar na gestão de resíduos para proteção do ambiente.
Lidar com esses produtos, envolve potenciais efeitos adversos
para os seres humanos e para o meio ambiente e expõe-nos muitas vezes a riscos sérios, como intoxicação, envenenamento,
queimaduras, asfixia, alergias etc., resultantes da presença de substancias
quimicas, a que não associamos perigo, da deficiente interpretação de
perigosidade, ou não leitura, que fizémos das instruções de segurança, para
saber qual a melhor forma de os manupilar em segurança.
Saber interpretar essas informações é essencial para quem precisa utilizar esses
produtos.
Os rótulos devem estar legíveis e possuir a seguinte informação:
- Nome do produto
- Palavra Sinal
- Identificação do fabricante / Importador ou distribuidor;
- Advertências de perigo;
- Recomendações de Prudência
Outra fonte de informações e recomendações mais completa são as FICHAS DE DADOS DE
SEGURANÇA (FDS) mas delas me ocuparei noutro artigo.

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